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Dois heróis que nos deixaram

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Na semana passada, o Brasil perdeu 02 heróis paranaenses: o Cabo Reynaldo Pontarolli (97 anos) e o Soldado Pedro de Lima (98 anos). Junto a outros 1.574 paranaenses, fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e embarcaram para a Itália, em meados de 1944, para defender a democracia e a liberdade naquelas terras distantes.

O Sr. Reynaldo Pontarolli nasceu em Curitiba, em 22 de abril de 1921. Filho de Bortholo Pontarolli e Maria Constancia de Christão e casado com a Sra. Glacy Tanner Pontarolli. Deixou os filhos Marcus e Márcia, além de cinco netos e uma bisneta. Durante a 2ª Guerra Mundial, serviu no 1º Grupo do 1º Regimento de Obuses Auto-rebocado (I/1º GOAr).

O Sr. Pedro de Lima é natural de Araucária, nascido em 15 de agosto de 1920. Filho de Euclides e Maria Alexandrina de Lima. Era viúvo e deixou nove filhos (João Carlos, Pedro Airton, José Claudinei, Oscar, Roberto Carlos, Dante, Pureza, Aurora e Anice), vinte e cinco netos, treze bisnetos e uma tataraneta. Na Itália, serviu no 6º Regimento de Infantaria.

Enfrentando o frio do rigoroso inverno europeu e diante das tropas alemãs já muito experimentadas em combate, estes brasileiros escreveram páginas gloriosas de nossa história militar, conquistando vitórias  significativas para os Aliados. Com humildade e solidariedade, também encontraram tempo e disposição para dar assistência à população italiana, que sofria com a guerra e com a fome.

De volta ao Brasil, participaram ativamente da fundação e dos trabalhos da Legião Paranaense do Expedicionário (LPE), criada em 1946 para prestar apoio àqueles que retornaram da Guerra. Em 1951, inauguraram a Casa do Expedicionário, que passou a ser a sede da LPE. A partir de 1980, a LPE reduziu seus trabalhos assistenciais e passou a dedicar-se ao trabalho memorial, criando, com o apoio da Secretaria de Cultura, o Museu do Expedicionário, que passou a funcionar na própria Casa do Expedicionário.

No Museu do Expedicionário, várias vezes víamos aqueles semblantes alegres recebendo, com carinho e atenção, visitas de estudantes, pesquisadores e jornalistas, contando sobre a participação que tiveram naquele trágico evento de nossa história. Mesmo com a saúde já debilitada, jamais se esquivaram de atender a todos os que lhes procuravam.

Permaneceram ativos na LPE até seus últimos dias, comparecendo às reuniões e participando de eventos ligados à FEB e às Forças Armadas. Ficam registradas nossas condolências aos familiares e o valoroso exemplo de patriotismo, abnegação e coragem que esses combatentes souberam nos passar - mesmo tendo vivido numa época tão difícil e conturbada da história.

Coronel R1 Said Zendim - Diretor do Museu do Expedicionário

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